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Copom deve cortar juros novamente nesta quarta-feira, apostam analistas.
Expectativa maior é de corte de 0,5 ponto percentual, para 11,5% ao ano.
Desaceleração econômica permite redução dos juros, avalia economista.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, colegiado formado pelos diretores e presidente da autoridade monetária, se reúne nesta quarta-feira e deve anunciar, no fim do dia, uma nova redução na taxa básica de juros da economia brasileira, segundo economistas do mercado financeiro.
Atualmente em 12% ao ano, a estimativa da maior parte dos economistas dos bancos é de uma redução de 0,5 ponto percentual nos juros, para 11,50% ao ano. Se confirmado, será o segundo corte consecutivo na taxa básica da economia, que já havia recuado no fim de agosto deste ano.
Em 11,50% ao ano, os juros retornariam ao menor patamar desde o começo deste ano, quando foram fixados, em janeiro, em 11,25% ao ano. A expectativa dos analistas do mercado financeiro é de uma nova redução da taxa de juros em dezembro deste ano, para 11% ao ano.
Sinalizações do BC
A aposta do mercado financeiro de um novo corte de juros nesta quarta-feira tem por base sinais emitidos pelo próprio Banco Central. Embora a taxa seja definida somente no segundo dia de reunião do Copom, que acontece hoje, a autoridade monetária já dava indicações claras de que voltaria a baixar os juros por conta da crise financeira internacional - que contribui para uma desaceleração mais forte da economia brasileira.
Após baixar os juros para 12% ao ano em agosto, o BC informou, na ata daquela reunião, que "ajustes moderados" na taxa de juros seriam "consistentes com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012". O mesmo recado foi repetido no relatório de inflação, no fim de setembro, e mais recentemente pelo presidente da instituição, Alexandre Tombini.
Metas de inflação
Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Neste momento, a autoridade monetária já está nivelando a taxa de juros para atingir a meta do próximo ano.
Para 2011 e 2012, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. O BC busca trazer a inflação para o centro da meta de 4,5% em 2012.
Recentemente, o BC informou, por meio do relatório de inflação do terceiro trimestre deste ano, que prevê um IPCA de 6,4% para este ano, com 45% de chance de "estourar" o teto de 6,50% do sistema de metas, e uma inflação de cerca de 5% para o próximo ano.