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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

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__Pinda-SP______________________________________


Câmara ouve João Ribeiro no caso de fraude na merenda escolar .

Prefeito negou as acusações de omissão; relatório final sai na terça-feira (6)

O prefeito de Pindamonhangaba, João Ribeiro, e a vice, Myriam Alckmin, prestaram depoimento na Câmara. Os vereadores investigam se Ribeiro foi omisso no caso da fraude da merenda. Ele negou as acusações.

Câmara com jeito de delegacia. Para entrar no Plenário, foi preciso assinar um documento. Todos os aparelhos de telefone celular ficaram retidos para evitar gravações. No dia mais aguardado do Caso Verdurama, a primeira a chegar - sem falar com a imprensa - foi a vice prefeita.

O depoimento dela durou cerca de uma hora. Na saída, disse apenas que não tem ligação com as acusações e que só o prefeito poderia responder aos questionamentos. “Na condição de vice prefeito você não participa em várias ações, né?”, explicou.

Myrian Alckmin foi chamada pela CEI (Comissão Especial de Inquérito) da Câmara, mas não aparece nas denúncias da Promotoria. O processo movido pelo Ministério Público alega que a empresa Verdurama, fornecedora de merenda, pagou propina para representantes da administração municipal. Ao tomar conhecimento disso, em 2008, o prefeito teria apenas comunicado o dono da empresa que ninguém poderia receber dinheiro em seu nome ou em nome da prefeitura.

Por isso, João Ribeiro é acusado pelos vereadores e pela Promotoria de ter sido conivente com o esquema. Mas durante quase duas horas, negou essa omissão. O prefeito alega que fez, oficialmente, pedidos ao Ministério Público e a Câmara para investigar as denúncias. “Quem é que é o órgão fiscalizador, o Ministério Público e a Câmara. Então, fiz um ofício para cada um, olha, está tendo os fatos, fulano, tem gente falando uma coisa, falando outra, vocês investiguem para mim. E fui ser prefeito, fui cuidar das coisas da cidade”, disse o prefeito.

Mas os vereadores insistem que ele deveria ter tomado medidas internas na prefeitura, como pedir o afastamento de secretários - o que só aconteceu dois anos depois. E não ficaram satisfeitos com as respostas obtidas no depoimento. “Eu acho que faltou alguma coisa para esclarecer um pouco melhor, porque tenho os documentos da Promotoria Pública e tem algumas que ele não falou”, disse o presidente da CEI, José Carlos Gomes.

Agora está terminada a fase de depoimentos. Os vereadores têm um prazo curto - até a próxima terça-feira (6) para elaborar um relatório final. Em seguida, ele será votado e a Câmara vai decidir de vota ou não a cassação do mandato do prefeito por improbidade administrativa.

O inquérito do Ministério Público foi concluído em agosto. Nove empresas e dez pessoas - entre elas o prefeito João Ribeiro - foram indiciadas. Todos os citados no processo tiveram os bens bloqueados pela Justiça Federal. O processo corre em sigilo.


(fonte: Vnews)

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