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terça-feira, 15 de novembro de 2011

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__Mundo_______________________________


Futuro premiê, Mario Monti consegue formar novo governo na Itália.

Economista vai encontrar o presidente na quarta para confirmar anúncio.
Gabinete deve ser técnico, mas com apoio político para durar até 2013.


Italianos em liquidação nesta terça-feira (13) em Milão (Foto: AP)

O economista e ex-comissário europeu Mario Monti vai se encontrar com o presidente da Itália, Giulio Napolitano, na manhã desta quarta-feira (16), para confirmar que conseguiu formar o novo governo do país e divulgar os nomes dos ministros.
A informação foi divulgada pela presidência nesta terça (15), após um dia de negocições de Monti com os principais partidos políticos italianos e outras forças do país.

Após a reunião com Napolitano, será realizada uma cerimônia na qual Monti fará o juramento, e nos próximos dez dias irá ocorrer o voto de confiança do Parlamento.
O provável futuro premiê começou o dia se reunindo com a delegação do Partido Democrático (PD), principal movimento da esquerda italiana, representado por seu líder Pier Luigi Bersani, e com os chefes de grupo das duas Câmaras, Anna Finocchiaro e Dario Franceschini.
Depois, ele se encontrou com Angelino Alfano, secretário-geral do Povo da Liberdade (PDL), partido do ex-premiê Silvio Berlusconi, que renunciou após perder a maioria parlamentar, pressionado pela crise econômica.
Monti procura envolver os principais partidos italianos na composição de seu governo, e gostaria de contar na equipe tanto com políticos quanto com tecnocratas, para ter um apoio sólido no Parlamento e conseguir governar até 2013.O apoio do PDL é importante porque muitos de seus membros têm se oposto ao governo predominantemente tecnocrata que Monti estaria buscando formar para enfrentar a crise.

O senador Mario Monti, provável futuro premiê da Itália, dá entrevista nesta segunda-feira (14) no Senado (Foto: AP)

O apoio do PDL é importante porque muitos de seus membros têm se oposto ao governo predominantemente tecnocrata que Monti estaria buscando formar para enfrentar a crise.
O ex-comissário europeu concluiu as consultas durante a tarde, recebendo os representantes dos empregadores, dos sindicatos, dos jovens e das mulheres.
Depois, ele foi à casa de Napolitano.

A nomeação de Monti, economista respeitado acalmou inicialmente os mercados internacionais, mas a incerteza sobre a formação do governo e a publicação de um indicador negativo na Eurozona voltaram a gerar tensões nesta terça-feira.
Qualquer fracasso ou atraso nesses esforços poderia causar um efeito devastador nos mercados financeiros.

Para aumentar a pressão sobre Monti, em meio à turbulência do mercado, as taxas de juro nos bônus BTP de 10 anos subiam para mais de de 6,9%, perto dos 7% que fizeram a Grécia e a Irlanda pedirem por planos de resgate.

Um eventual resgate da dívida pública italiana, que soma 1,9 trilhões de euros, é visto como alta demais para os recursos financeiros atuais da zona do euro.

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