Ouça ao Vivo

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

VALE FM INFORMA:


SWU 2011:

'Espero tudo do Brasil', diz baixista do Black Rebel Motorcycle Club.

Robert Levon Been comemora primeira vinda da banda ao país.
Trio se apresenta no festival SWU, em Paulínia (SP), em novembro.

O Black Rebel Motorcycle Club (Foto: Divulgação)

Foram dez anos tentando tocar no Brasil. Mas, neste semesntre, a banda californiana Black Rebel Motorcycle Club vai finalmente sair da fila. O grupo é uma das atrações do festival SWU, que será realizado na cidade de Paulínia, em São Paulo, nos dias 12, 13 e 14 de novembro.
“Finalmente aconteceu. Foi um longo caminho. Tomara que toda essa espera valha a pena não apenas para nós, mas para vocês também. Estamos muito animados. Particularmente, estou feliz como uma criança. Espero tudo do Brasil”, diz o baixista Robert Levon Been, por telefone.
O músico, que subirá ao palco no último dia do evento, explica que prefere tocar em espaços pequenos ou clubes, mas se diz agradecido aos festivais. Sem eles, o trio composto por Peter Hayes e Leah Shapiro, além do próprio Robert, não poderia ter feito shows em tantos lugares, como o próprio músico conta.
"Sem os festivais, provavelmente não teríamos visitado a maior parte dos países em que tocamos. São estes eventos que nos abrem portas. E, muitas vezes, apenas apresentações em locais pequenos não cobririam os custos. Claro que seria ótimo poder tocar num clube no Rio de Janeiro, por exemplo, e fazer o festival em São Paulo. Mas, se não conseguirmos dessa vez, tudo bem. Tentaremos na próxima", comentou Robert, deixando uma pista para os interessados em contratar a banda para ir também à Cidade Maravilhosa.
Padrinho
Além de dar a chance do grupo se apresentar no Brasil, o SWU vai ser especial para o baixista. Filho do também músico Michael Been, líder do extinto grupo The Call, ele espera poder reencontrar o padrinho, o cantor Peter Gabriel, já que o ex-vocalista do Genesis também é uma das atrações confirmadas no festival.
"Não o vejo desde que era garoto. A banda do meu pai fazia o show de abertura para Peter na turnê de seu disco 'Security', no fim dos anos 70. Eu devia ter uns 6 ou 7 anos. Ele tornou-se meu padrinho, porque meu pai e ele eram bons amigos (Michael morreu de ataque cardíaco no ano passado). Vai ser bom poder dizer 'oi'. Tecnicamente é ele quem deve cuidar de mim se alguma coisa der errado, não é?", brincou Robert, sobre o parentesco.
Novo disco
Por enquanto, vai tudo bem, obrigado. A mistura de psicodelismo, blues, rock e country que marca o som do conjunto vem conquistando a crítica especializada de alguns dos principais veículos de imprensa especializados do mundo. O trabalho mais recente, "Beat the devil's tattoo", é um desses casos e puxa o repertório da atual turnê. Mas Robert dá a dica para quem quiser muito ouvir uma canção específica: “Os fãs costumam pedir músicas pela internet. A gente lista as mais pedidas e inclui essas faixas no setlist", comenta o baixista, revelando que um novo disco já está sendo rascunhado.
"Estou falando com você diretamente de um estúdio em Los Angeles. Já estamos aqui há alguns meses, compondo e experimentando ideias. Algumas estão completas. Outras, apenas nascendo", revela Robert, acrescentando que parte das canções tem influência direta do Motörhead.
"Temos ouvido bastante essa banda, pois assistimos ao documentário 'Lemmy', sobre o líder do grupo, lançado recentemente. É um filme incrível. E isso meio que nos levou de volta à forma mais básica do rock and roll. Estamos tocando cada vez mais rápido. Mas não sei que direção este novo álbum deve tomar. Vamos ver o que acontece".
Hendrix e Nirvana
Básico também é o formação do grupo na melhor tradição power trio, expressão criadada nos anos 60 para descrever as bandas compostas apenas por bateria, baixo e guitarra. E, segundo Robert, é justamente esse tipo de influência que dá indentidade ao som do Black Rebel.
"O Nirvana e o Jimi Hendrix Experience são duas amostras que traduzem melhor essa ideia. Faziam um som livre, mostravam como apenas 3 pessoas podem soar como 300. Mas não queremos chegar nesse nível. Não temos essa pretensão. É como Shakespeare: por mais que tente, jamais vão conseguir alcançá-lo. Entretanto, vou ser sempre inspirado por eles a tentar expressar tudo o que existe dentro de mim", concluiu.

CHAT

Tire todas as suas dúvidas sobre blogs.