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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

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Politica:


Não é possível dar reajuste de 56% para servidores do Judiciário, diz líder.

Aumento proposto é de 14,79% para magistrados e de 56% para servidores.
Vaccarezza disse que falou com ministra do Planejamento sobre a questão.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou nesta segunda-feira (5) que não é possível atender à reivindicação do Judiciário de aprovar um reajuste salarial de mais de 50% para servidores do Judiciário. Vaccarezza disse que o projeto que está na Casa "não pode ser votado".
"O problema é que não é possível hoje atender uma reivindicação de dar um reajuste de mais de 50% para o setor, por mais importante que seja. Acho que o caminho é o bom diálogo com Judiciário, Executivo, Legislativo e chegar a uma alternativa para o Judiciário. O projeto que está aqui não pode ser votado", disse.
Vaccarezza disse que o tema não foi discutido na reunião da coordenação política nesta segunda, entre a presidente Dilma Rousseff, ministros e líderes no Congresso. Vaccarezza, porém, disse que falou sobre o assunto com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, na última sexta-feira (2), por telefone.
"Não queremos fazer nenhum gasto que comprometa a administração do país. O gasto é: investimento, saúde e educação. [..] O aumento do Judiciário eu conversei com a Miriam e também o aumento está no patamar do que discutimos do funcionalismo. Existe um processo de discussão, não é possível você dar um aumento de ou superior 50% a uma categoria. Não tem condição de fazer isto agora", afirmou.
O Judiciário quer um aumento de 14,79% para os magistrados e de 56% para os servidores, o que gera uma despesa estimada em R$ 7,7 bilhões por ano. Na última sexta, o Planalto enviou ao Congresso o pedido do Judiciário após mal estar entre membros do STF.

A despesa não constava do texto original do orçamento entregue na última quarta (31) pelo Executivo ao Congresso. O que o governo fez nesta sexta foi repassar ao Congresso o pedido feito pelo Judiciário, para que os parlamentares decidam se o gasto será incluído no orçamento do ano que vem.

Vaccarezza afirmou que cerca de 10 associações ligadas ao Judiciário pediram audiência com ele, para o próximo dia 21.
Coordenação política
Segundo Vaccarezza, a presidente Dilma Rousseff demonstrou preocupação, durante a reunião da coordenação política, com a expectativa do aprofundamento da crise econômica internacional. O alerta foi feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, aos presentes na reunião.
" A expectativa é o Brasil reagir de forma firma à crise e, inclusive, aproveitando este momento como de grandes possibilidades de melhorarmos nossa economia.[..] A crise está aumentando, está claro que alguns países terão recessão e que os EUA não vão crescer tanto quanto gostariam de crescer", relatou o líder.
Eleições 2012
O líder do governo comentou a pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda, que mostra a senadora e pré-candidata à Prefeitura, Marta Suplicy, em vantagem na corrida eleitoral para São Paulo.

Em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer lançar o ministro da Educação, Fernando Haddad, que apareceu com 2% nas pesquisas. Vaccarezza afirmou, no entanto, que Lula "nunca trabalhou contra as prévias".
"Lula nunca fez movimento contra prévias e contra Marta. Eu conversei com o presidente Lula e movimento contra Marta nunca fez. Ele sempre teve a idéia de que, em São Paulo, é importante trabalharmos com nomes novos. Isso o PT vai discutir até o dia que o PT resolver o candidato", disse.
Para o líder, o resultado da pesquisa com antecedência não tem "muito valor".
"Não dá, por essa pesquisa, dizer que vai ganhar. Precisa avaliar com cuidado", disse.

Marco regulatório da mídia
Sobre o marco regulatório do PT, aprovado em resolução do partido neste domingo, Vaccarezza disse que o documento trata da "necessidade de aprofundar a democracia no Brasil" e que o projeto não tem data para ser votado no Congresso.

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