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__Rock in Rio_________________________________
Primeira semana do Rock in Rio foi do pop ao metal; veja.
De Rihanna a Metallica, confira os destaques da primeira parte.
Festival volta a ter quatro noites a partir de 29 de setembro.
Três dias e aproximadamente 300 mil pessoas depois, acabou na madrugada desta segunda-feira (26) o primeiro final de semana do Rock in Rio. O festival de música mais popular do país voltou à sua cidade de origem após dez anos e o nosso site mostra abaixo uma análise do que foi o evento que aconteceu de 23 a 25 de setembro.
Há muito que se elogiar, mas também existem alguns erros que podem e devem ser corrigidos para os próximos quatro dias de música que a Cidade do Rock terá a partir de quinta (29).
Os shows e os palcos
O Rock in Rio 2011 tem quatro palcos espalhados por 150 mil m², sendo o Mundo, o Sunset e o Eletrônica os principais. Em termos de organização, o festival oscilou em um dos fatores mais importantes para a realização de um bom festival: a pontualidade.
No 1º dia, Rihanna entrou no Palco Mundo com 1h40 de atraso. Ela era a última atração da noite e seu show terminou apenas às 3h45. No domingo, tal cena se repetiu no Sunset: o Sepultura, que fecharia o palco, iniciou sua apresentação depois da 1ª atração do Mundo, o Gloria. Resultado: os shows disputaram um contra o outro e o público ficou dividido.
O Sunset, aliás, ficou um pouco marcado pelo som baixo, que prejudicou desde a delicadeza do show de Esperanza Spalding com Milton Nascimento ao peso da apresentação do Sepultura com o Tambours du Bronx. As parcerias idealizadas pelo palco foram ótimas mesmo assim.
O Mundo não sofreu problemas técnicos e os shows que passaram por ali se destacaram pelo poder sonoro, especialmente os de domingo. Em relação aos atrasos, no sábado e no domingo eles existiram, mas foram menores.
No quesito musical, elogios para a variedade dos gêneros musicais (e público) que passaram pelo local. A 1ª noite, dedicada ao pop, reuniu principalmente famílias, com predomínio do público feminino. Na 2ª noite, em que as guitarras ganharam mais peso, foi a vez do pop rock atrair seus fãs, enquanto a 3ª noite foi dominada pelas camisetas pretas dos fãs de metal.
Estrutura, limpeza e segurançaAs longas filas que se formaram para a compra de alimentação foram a maior reclamação do público em relação à questão de infraestrutura na primeira semana do festival.
No sábado (24), poças d' água e a enorme quantidade de entulho que se acumulou no chão, principalmente na Rock Street, incomodou o público. Segundo a Companhia Municipal de Limpeza do Rio (Comlurb), 49 toneladas de lixo foram retiradas da área interna no primeiro dia e outras 51 toneladas, no sábado. Mais de 250 garis trabalham para manter a limpeza do festival em três turnos durante 24 horas.
Já os banheiros foram aprovados, especialmente pelo público feminino, que elogiou a limpeza, e a sinalização dos locais. Na sexta, fora 120 ocorrências, segundo a Polícia Civi. A partir de sábado, houve reforço da Polícia Militar e da Guarda Municipal nas áreas interna e externa do festival.
Mesmo assim as reclamações continuaram. No segundo dia do festival foram 190 registros de ocorrências de furtos e extravios de carteiras, celulares e documentos. Grupos de cambistas que tentavam vender ingressos e suspeitos de falsificar ingressos foram detidos. Uma jovem chegou a dizer que foi agredida dentro da Cidade do Rock ao reagir a um assalto.