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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

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__Ação Contra Crise_________________________


Plano de Obama para criação de empregos prevê corte de impostos.

Projeto prevê tributos menores para pequenas empresas que contratarem.
Plano apresentado pelo presidente precisa ser aprovado pelo Congresso.

Plano de Obama para criação de empregos prevê corte de impostos (Foto: Reuters)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quinta-feira (8), um plano para criação de empregos que prevê a redução de impostos para as pequenas empresas que contratarem. Em discurso no Congresso, ele afirmou que as pequenas empresas que abrirem vagas terão redução de impostos.
"Todos aqui sabem que é nas pequenas empresas que os os empregos começam. Então para todos os que falam em criar empregos, esse plano é para você. As pequenas empresas terão redução de impostos para quem contratar", disse o presidente. "O propósito é colocar mais pessoas de volta ao trabalho, e mais dinheiro no bolso dos trabalhadores".
"Ele vai criar mais empregos para trabalhadores da construção civil, mais empregos para professores, mais empregos para veteranos, e mais empregos para os desempregados de longo prazo. Vai conceder redução de impostos para empresas que contratem novos trabalhadores, e irá cortar à metade os impostos sobre a folha de pagamento de cada trabalhador americano e cada pequena empresa", afirmou.
O projeto também prevê que as empresas recebam um crédito de US$ 4 mil ao contratarem um trabalhador que tenha passado mais de seis meses procurando emprego, e redução de impostos para as famílias trabalhadoras. Além disso, o prazo dos benefícios do seguro desemprego também devem ser estendidos.
Segundo a imprensa norte-americana, a estimativa é que o plano de criação de empregos atinja US$ 447 bilhões.
No pronunciamento, Obama disse que o país vive uma “crise nacional” com uma economia estagnada, e insistiu que os parlamentares devem agir rapidamente para colocar em prática seu plano para a criação de empregos. O projeto precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado do país para entrar em vigor.
Segundo Obama, os políticos em Washington devem “parar com o circo e fazer alguma coisa para ajudar a economia”. "Eu estou mandando a esse congresso um plano que vocês devem passar imediatamente. Não deve haver nada controverso nessa legislação. Deve ser aprovada por Democratas e Republicanos", afirmou.
O programa para a criação de empregos, de acordo com ele, deve reduzir impostos para trabalhadores e empresas e criar vagas para trabalhadores da construção civil e professores. “Ele [o programa] vai dar um impulso à economia, que estagnou, e dar às empresas confiança de que, se investirem e contratarem, haverá consumidores para seus produtos e serviços”, afirmou.
Parte do programa prevê a retomada do setor da construção civil, com a reforma do sistema de transporte do país, e reforma de escolas. "Há empresas privadas de construção esperando para voltar ao trabalho. Há pontes esperando para ser reformadas, há escolas pelo país que precisam desesperadamente de renovação", afirmou. De acordo com ele, o programa vai reformar e modernizar pelo menos 35 mil escolas no país.
Déficit
Mesmo com os cortes de impostos, Obama afirmou que o programa irá "se pagar": "quero que os americanos saibam que o projeto não irá aumentar o déficit [nas contas públicas do país]. Ele vai se pagar".
Ele afirmou que, no próximo dia 19, deverá anunciar um plano que não apenas pagará os custos do programa de criação de empregos, mas também estabilizar o déficit do país no longo prazo, reformando benefícios sociais como Medicare e mudando o sistema tributário para eliminar falhas, reduzir impostos corporativos e elevar as cobranças para os mais ricos do país
Desemprego e popularidade em baixa
Em agosto, de acordo com dados do Departamento do Trabalho, não foram criados postos de trabalho no país,e a taxa desemprego permaneceu em 9,1%. Com sua popularidade em mínimas recordes e a frustração dos eleitores diante do desemprego, Obama está sob intensa pressão para mudar a percepção de que ele tem uma liderança fraca.
A inércia econômica tem sido criticada tanto por republicanos como por democratas, enegrecendo suas perspectivas de reeleição em novembro de 2012. Se os parlamentares republicanos rejeitarem as medidas, a estratégia do presidente deve ser pintá-los como obstrucionistas e culpá-los por estagnar a economia.

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