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terça-feira, 30 de agosto de 2011

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Rua oscar freire, sp :


Mãe de suspeito de mortes na Oscar Freire pede perdão a família de vítimas.

Andréia de Mendonça disse que Lucas Rosseti nunca agrediu gays.
Advogado afirma que seu cliente alega ter sido dopado por analista.
Suspeito chega à sede do DHPP (Foto: Marcelo Mora/G1)

A mãe de Lucas Rosseti, de 21 anos, apontado pela Polícia Civil como o principal e único suspeito de ter matado a facadas o analista de sistemas Eugênio Bozola, de 52, e o modelo Murilo Rezende, de 21, na semana passada em um apartamento na Rua Oscar Freire, nos Jardins, em São Paulo, pediu desculpas aos parentes das vítimas em nome de seu filho. A motorista Andréia Zanetti de Mendonça, de 39 anos, pediu perdão em entrevista  concedida na manhã desta terça-feira (30). Apesar disso, ela disse que acredita que seu filho agiu em legítima defesa.
Andréia afirmou ainda que seu filho jamais agrediu gays. Bozola era homossexual, segundo testemunhas disseram à polícia. Além disso, Rosseti postou mensagens de cunho homofóbico na internet antes das mortes. Além da suposta motivação homofóbica, a investigação apura a possibilidade de o crime ter ocorrido devido a uma discussão banal envolvendo o tempo de permanência de Rossetti no apartarmento. Assim como Rezende, o jovem era hóspede no apartamento do analista. O combinado era que Rosseti ficasse uma semana no local, mas ele pediu para continuar a morar lá, irritando Bozola.

De acordo com as investigações, as vítimas e o assassino tinham ido a uma pizzaria e a uma boate gay no fim de semana antes do crime em São Paulo. Câmeras de segurança gravaram os três, que estavam acompanhados de outras pessoas.
Após o crime, Rosseti fugiu do prédio com o carro de Bozola. No dia 23, a empregada de Bozola encontrou as vítimas dentro do apartamento dele. De acordo com a investigação, o analista e o modelo foram achados com perfurações. Duas facas foram apreendidas pela perícia da Polícia Técnico-Científica para análise.
O assassino pode ter dopado as vítimas com remédio para dormir, segundo a investigação. A atual namorada de Rezende e sua ex haviam dito à polícia que ele afirmou pela internet e por telefone estar meio "grogue" horas antes do crime. Para tentar despistar a investigação, o agressor usou sangue para escrever nas paredes do imóvel as iniciais de uma facção criminosa que age no Rio de Janeiro, segundo a polícia.
O veículo de Bozola só foi achado no domingo (28) em Sertãozinho, interior de São Paulo. O rapaz acabou preso no dia seguinte na mesma cidade, que fica perto de Igarapava, município onde nasceu e conheceu o analista.

Rosseti foi transferido nesta tarde à capital paulista. Por volta das 15h15, chegou à sede do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), onde será interrogado.
“Queria aproveitar porque de todas as reportagens que eu vi ninguém mostrou que eu entendo a dor das outras famílias, que eles estão sofrendo também com tudo isso. Pedir perdão, se alguma coisa... se eu puder. Mas que eles entendam, que eu, como mãe, também estou sofrendo tanto quanto eles. Porque o que vai acontecer com meu filho eu não sei, é muito duro”, disse Andréia de Mendonça, que conversou na manhã desta terça-feira (30) com a equipe de reportagem no escritório do então advogado de seu filho, Ademar Gomes, na região central de São Paulo.

Foto_I (Foto: Kleber Tomaz / G1)

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