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Eleito foi Cassado:
Vice assumirá Prefeitura de Campinas interinamente.
Mandato de Hélio de Oliveira Santos foi cassado no sábado (20).
Vice Demétrio Vilagra (PT) também é investigado pelo Ministério Público.
Após a Câmara Municipal de Campinas cassar o mandato do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), o vice Demétrio Vilagra (PT) só poderá assumir o cargo de prefeito depois que a decisão dos vereadores seja publicada no Diário Oficial do Município. Por enquanto, Vilagra assume o cargo interinamente. Oliveira Santos afirmou no sábado (20), por meio de sua assessoria de imprensa, que o "julgamento foi político".
O prefeito cassado disse que irá recorrer da decisão. Durante todo o processo, ele negou as acusações de envolvimento em irregularidades em contratos da administração municipal. A defesa dele, por considerar a sessão de julgamento ilegítima, abriu mão das duas horas a que tinha direito para falar.
A decisão saiu na madrugada de sábado, após cerca de 45 horas de sessão ininterrupta na Câmara. Apenas o vereador Sérgio Benassi (PC do B) foi contrário à decisão. Outros 32 vereadores votaram pela cassação do chefe do Executivo.
Com o impedimento de Hélio Santos, assume conforme a Lei Orgânica o vice, Demétrio Vilagra (PT). Vilagra também está entre os investigados do Ministério Público por suspeita de envolvimento no esquema de fraudes em contratos. Mas como não tem condenação, ele assume o cargo. Em carta, o vice disse que está preparado "para assumir o cargo de prefeito em prol da cidade que precisa voltar a caminhar a passos largos rumo ao desenvolvimento econômico e social".
Cassação
Os vereadores não interromperam a sessão até que fosse lido todo o relatório da Comissão Processante (CP). Só na leitura das 1.441 páginas do documento, que começou na quinta-feira (18), foram necessárias 38 horas e um esquema de revezamento.
A decisão tem efeito imediato, mas deve ser publicada no Diário Oficial do Município a partir de terça-feira (23). Vilagra deve comparecer à Câmara para posse em data a ser definida. Em maio deste ano, ele foi preso ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. Considerado foragido, estava de férias na Espanha.
A polícia também prendeu secretários e chegou a pedir a prisão da então primeira-dama Rosely Nassim, mas ela não ficou na cadeia, pois foi beneficiada por um habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo.