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__Pop & Arte_______________________________
Banda inglesa Foals abre show do Red Hot em SP: 'Seremos rápidos'.
Baixista do grupo britânico diz que vai agradar fãs de 'boas baladas'.
Red Hot Chili Peppers toca no Anhembi nesta quarta (21) e no Rock in Rio.
Na primeira vez no Brasil, em 2008, o quinteto britânico Foals não teve sorte. Escalado para o palco secundário do festival Planeta Terra, a banda tocou no horário da aguardada apresentação do grupo escocês The Jesus and Mary Chain. Nesta quarta-feira (21), a banda de indie rock abre para o Red Hot Chili Peppers em São Paulo, na Arena Anhembi.
"Não lembro quase nada do primeiro show no Brasil. Eu bebi muito naquela noite", conta o baixista Walter Gervers por telefone, sentado em um pub em Oxford, na Inglaterra. "Fizemos uma festa com Animal Collective e Breeders [grupos que se apresentaram no festival]. Senti uma energia ótima durante a apresentação. As pessoas no Brasil são malucas."
Ele conta como foi a reação da banda quando surgiu o convite para abrir o show do Red Hot. "Nós ficamos lisonjeados, claro. É uma banda respeitada por todos. Eles souberam conduzir a carreira do modo certo", elogia. "Somos fãs especialmente dos primeiros discos, que eram pop, com elementos do funk. Eles me lembram dos meus tempos de juventudade. É uma banda que tem confiança, que acredita no que faz. Se nos contassem que faríamos shows com o Red hot no Brasil há cinco anos, não acreditariamos."
Na segunda vinda ao país, o Foals pretende misturar músicas dos discos "Antidotes" (2008) e "Total life forever" (2010). "Temos que ser rápidos. É importante respeitar a audiência e tocar o que eles querem. Mas também surpreendê-los com músicas que eles não esperam ouvir", explica. Para Gervers , há como conquistar os fãs do Red Hot sem tanto esforço. "Eles têm fãs que gostam de canções funkeadas, de boas baladas. Eles vão gostar de vários elementos da nossa música."
Diferentemente do primeiro trabalho, "Total life forever" trouxe um lado mais sombrio do Foals. "Somos os mesmos caras que fizeram o disco de estreia. Não queríamos nos repetir", justifica. As pessoas que nos ouvem gostam de ouvir coisas novas e ainda é um disco do Foals. Queremos mudar, fazer discos diferentes sempre. As canções do primeiro foram escritas há muito tempo, tinham mais de um ano. Você cresce e ouve mais discos, descobre técnicas. Foi feito com a experiência das turnês. Isso tudo muda a banda. Tentamos novos sons."
Embora seja fã do início da carreira do Red Hot, o baixista não se mostra tão empolgado com a fase mais recente do grupo liderado por Anthony Kiedis. "Eu não ouvi as músicas do novo disco", entrega. "É triste saber que o [guitarrista John] Frusciante saiu, ele era um dos nossos músicos favoritos. Queria conhecê-lo, ele é tão talentoso."
Red Hot Chili Peppers em São Paulo
Quando: 21 de setembro, às 21h30
Abertura: Foals. às 19h30
Onde: Arena Anhembi
Ingressos: R$ 500 (pista premium) e R$ 200 (pista) no site Livepass