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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

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__Politica___________________________________


Novo ministro do Turismo diz que recebeu o cargo 'assustadíssimo'.

Vieira disse que teve 'tanto medo' que, nem se quisesse, recusaria a vaga.
Novo titular fez referência à família Sarney em seu discurso.

A presidente Dilma Rousseff e o novo ministro do Turismo, Gastão Vieira, durante a posse no Palácio do Planalto. (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

O novo ministro do Turismo, Gastão Vieira, disse nesta sexta-feira (16), durante cerimônia de posse, que recebeu o convite para o cargo “assustadíssimo” e que estava com “tanto medo” que nem se quisesse recusaria o cargo.
Gastão disse que foi levado ao encontro da presidente Dilma Rousseff pelo vice-presidente, Michel Temer, por volta das 23h da última quarta-feira (14). “Eu, assustadíssmo, recebi convite para fazer parte do seu governo. Foi a primeira vez que acho que o medo facilitou a decisão. Eu estava com tanto medo que nem se eu quisesse eu podia dizer não para a senhora’’, afirmou Vieira.
O novo ministro agradeceu à presidente pelo convite para assumir o Ministério do Turismo e também ao PMDB, seu partido.
‘’Tenho noção do tamanho da missão que estou abraçando. Muito me sinto honrado e agradecido pelo reconhecimento que tive bem como a confiança por mim depositada pela senhora, pelo meu partido que se uniu no momento da decisão e manifestou a este seu membro, de cinco mandatos, a confiança que eu representaria bem no seu governo’’, disse
Ligado à família Sarney, Gastão fez referências ao presidente do Senado, José Sarney, presente ao evento, à sua filha, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney e ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também do estado.
“Quero render uma homenagem tanto ao ministro Edison Lobão quanto à governadora Roseana Sarney, que não pode comparecer. Do primeiro fui secretário de Planejamento durante três anos e da segunda fui secretário de Educação e posteriormente secretário de Planejamento”, disse. O novo ministro do Turismo disse ter aprendido com Lobão e Roseana a trabalhar com "espírito público".
“Ali aprendi a trabalhar com espírito público, com dedicação, com zelo, com todo respeito e acima de tudo com fidelidade aos dois governadores”, destacou o novo ministro.
Pedindo permissão a Sarney, Gastão citou padre Antonio Vieira para abrir seu discurso: “Só exisitimos quando fazemos. No dia em que não fazemos, apenas duramos”, disse.
Ao final do discurso, o novo titular do Turismo disse que todos os seus medos foram acalmados pela emoção.
A posse de Vieira foi fechada à imprensa. De acordo com a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), “não houve tempo” para organizar um evento espaço amplo e com muitos convidados. A cerimônia ocorreu na Sala de Audiências, próxima ao gabinete.
Estiveram presentes no evento, além de Dilma, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o ministro da Defesa, Celso Amorim e da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. O vice-presidente, Michel Temer, viajou para São Paulo para continuar tratamento. No início da semana, ele chegou a ser internado por apresentar quadro de intoxicação alimentar.
O ex-titular do Turismo, Pedro Novais, não compareceu à posse de seu sucessor.
Crise
O novo ministro afirmou ainda que a crise econômica internacional "exige" prudência para falar da "potencialidade" do turismo brasileiro.
"Chego aqui num momento em que o cenário econômico internacional não me permite citar trechos que escrevi sobre possibilidades de crescimento do turismo brasileiro. É bom ser prudente", disse.
Ele afirmou que o mercado interno é a maior "riqueza" do Brasil e disse que vai "trabalhar" para estimular o turismo de brasileiros dentro do país.
Gastão Vieira deve comunicar ainda nesta sexta seu pedido de licença da Câmara. O deputado federal Costa Ferreira (PSC-MA), segundo suplente da coligação, assumirá sua vaga na Casa.
Troca de comandoO ex-ministro do Turismo, Pedro Novais, pediu demissão à presidente Dilma na última quarta-feira, após denúncias de irregularidades no uso de verbas oficiais quando exercia o mandato de deputado.
Com a saída de Novais, são quatro os ministros que deixaram o governo sob denúncias de irregularidades após quase nove meses do mandato da presidente Dilma Rousseff.
Antes dele, pediram demissão Antonio Palocci (Casa Civil), por suposto enriquecimento ilícito; Alfredo Nascimento (Transportes), após suspeitas de superfaturamento em obras de rodovias; e Wagner Rossi (Agricultura), que usou jatinho de uma empresa privada que tinha contratos com o ministério. Nelson Jobim saiu da Defesa após a crise política motivada por declarações – que ele nega ter dado – de que as colegas de ministério Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil) eram “fraquinhas".
Novais retomará seu mandato na Câmara dos Deputados, do qual havia se licenciado para comandar o Ministério do Turismo.

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