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__Paralisação_____________________________
Correios fazem nova proposta; trabalhadores avaliam na sexta.
Empresa oferece desconto de um dia parado por mês para chegar a acordo.
Sindicalistas querem pagamento em troca de horas extras.
A direção dos Correios informou nesta quinta-feira (29) que propôs aos trabalhadores, durante reunião em Brasília, o desconto de um dia de greve por mês para chegar a um acordo que coloque fim à paralisação. Os funcionários dos Correios estão em greve desde o dia 14 de setembro.
O diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), José Gonçalves de Almeida, disse que o sindicato é contra a nova proposta e que vai orientar os funcionários a manter a greve. A proposta vai ser levada para votação em assembleia nesta sexta-feira.
A proposta da Fentect é que os Correios paguem os dias parados. Em troca, os trabalhadores fariam horas extras até a regularização das entregas no país.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, disseram que não vai haver pagamento dos dias parados. Eles disseram, porém, que aceitam trocar parte dos dias parados por horas extras.
Acordo
Em entrevista no Ministério das Comunicações, o presidente dos Correios disse que esperava um acordo com os grevistas ainda nesta quinta-feira.
De acordo com o ele, o total de entregas atrasadas por conta da paralisação equivale hoje a cerca de quatro dias de trabalho. Para normalizar a entrega, a ideia é que os funcionários façam horas extras e também mutirões neste e no próximo final de semana.
O ministro Paulo Bernardo disse que os Correios terão que descontar pelo menos seis dias dos trabalhadores em greve. O restante dos dias, disse o ministro, poderia ser compensado com horas extras para regularizar as entregas atrasadas.
O pagamento das horas extras, segundo Bernardo, é o único impasse que impede o fim da paralisação. Ele afirmou que a Fentect aceitou a proposta dos Correios de aumento real de R$ 80, a ser pago a partir de janeiro, além de um abono de R$ 500 que seria pago agora.