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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

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Decisão sai Hoje :


Com crise, Copom deve parar de subir juro pela 1ª vez no governo Dilma.

Aposta dos economistas é de manutenção dos juros em 12,5% ao ano.
Curva de juros futuros já mostra queda da taxa a partir de outubro.

O Comitê de Política Monetária (Copom). colegiado do Banco Central responsável por fixar a taxa básica de juros da economia brasileira, deve interromper nesta quarta-feira (31), em seu segundo dia de reunião, o processo de alta dos juros em vigência desde o início do governo Dilma Rousseff, segundo previsão de economistas das instituições financeiras.
Segundo levantamento realizado pelo BC na semana passada com os bancos, os juros deverão ser mantidos em 12,5% ao ano, atual patamar, no encontro desta quarta-feira. Desde janeiro deste ano, quando Alexandre Tombini assumiu o comando do BC, o Copom implementou cinco aumentos e consecutivos nos juros para conter pressões inflacionarias. No fim do ano passado, a taxa básica estava em 10,75% ao ano. Deste modo, a elevação entre janeiro e meados de julho deste ano somou 1,75 ponto percentual.

Selic 12,50% - julho 2011 (Foto: Editoria de Arte/G1)

Previsão do mercado e curva de juros
Segundo a previsão do mercado financeiro, ainda de acordo com pesquisa do BC, os juros começariam a cair no Brasil somente em outubro de 2012, quando recuariam de 12,50% para 12,38% ao ano - patamar no qual fechariam o ano que vem. Em janeiro de 2013, ainda segundo a pesquisa, os juros passariam para 12,13% ao ano e, em fevereiro, para 12% ao ano.
Entretanto, a curva de juros do mercado futuro, resultado dos contratos fechados pela tesouraria das instituições financeiras, mostra que os bancos estão apostando em um corte de juros já em outubro deste ano, na próxima reunião do Copom. A curva de juros indica que os juros cairiam para 12,25% ao ano em outubro e terminariam 2011 próximos de 12% ao ano.
Crise financeira e superávit primário
A curva de juros começou a recuar com mais intensidade nas últimas semanas, após o rebaixamento da nota da dívida norte-americana pela agência de classificação de risco Standard & Poors, que inaugurou a segunda fase da crise internacional.
Além da crise financeira, que consolidou a percepção de que as economias desenvolvidas podem entrar em recessão, a decisão do governo de conter gastos, e de aumentar o chamado "superávit primário" (economia feita para pagar juros da dívida pública e tentar manter sua trajetória de queda) em mais R$ 10 bilhões, para cerca de 3,3% do PIB em 2011, também ajudou a baixar a curva de juros brasileira nos últimos dias.
Ao anunciar o aumento do superávit primário nesta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o principal objetivo da medida seria justamente o de pavimentar o caminho para uma redução futura da taxa básica de juros. Segundo ele, é prioridade do governo aproveitar esse novo momento da economia internacional para baixar os juros.
Sistema de metas para a inflação
Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2011 e 2012, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Na última semana, os economistas do mercado financeiro mantiveram sua previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2011 em 6,31%, informou o Banco Central. Para 2012, por sua vez, a previsão dos economistas dos bancos para o IPCA está em 5,20%. O BC já informou que busca a convergência da inflação para a meta central de 4,5% somente em 2012.

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