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Câmara de Lorena cassa mandato do prefeito Paulo Neme (PTB).
Por enquanto, o prefeito deve continuar no cargo, graças a uma liminar da Justiça.
Depois de uma sessão que durou quase seis horas, a Câmara de Lorena cassou o mandato de Paulo Neme (PTB). Por enquanto, o prefeito deve continuar no cargo, graças a uma liminar. Mas, os vereadores pretendem entrar na Justiça para afastá-lo definitivamente.
A Câmara ficou pequena para tanta gente. Quem não conseguiu lugar do lado de dentro, acompanhou a sessão do lado de fora, com a ajuda de um televisor improvisado. E haja paciência. Apenas a leitura do processo levou mais de quatro horas.
O prefeito Paulo Neme é acusado de desviar R$ 54 mil da administração da escola profissionalizante Milton Ballerini. “Uma funcionária da Milton Ballerini apresentou uma denúncia na Câmara que implica em várias coisas. Algumas irregularidades que nós constatamos uma nota fiscal do refrigerante sendo comprado e nove reais”, disse o presidente da comissão, vereador Luiz Martinho Gomes (PSB).
No início da noite, foi a vez do advogado do prefeito subir à tribuna e reclamar da comissão processante. “As condutas tipificadas no artigo primeiro do mesmo decreto não são da competência da Câmara Municipal”.
Apesar do protesto da defesa, veio a votação. E com um placar favorável de 9 a 1, a cassação do mandato de Paulo Neme foi aprovada. Mesmo com a decisão do Legislativo, o prefeito vai permanecer no cargo por meio de uma liminar.
O juiz da comarca de Lorena, Gustavo Moisés, determinou que o chefe do executivo continue no comando da prefeitura até que o primeiro recurso da defesa seja julgado, o que só deve acontecer no fim do ano.
A câmara não quer esperar tanto. E deve entrar com um recurso na Justiça. “Nós vamos mostrar para o juiz como ele já alegou, que não há erro no processo, não há vício e que nesse momento a Câmara está fazendo o papel dela”, alegou o presidente da Câmara, vereador Élcio Vieira Júnior (PV).
A produção do Vanguarda TV tentou contato com Paulo Neme, mas ele não foi localizado. Os advogados de defesa do prefeito também não quiseram falar sobre a votação.