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domingo, 22 de maio de 2011

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Termina a reconstituição em motel de Niterói
em que empresário foi encontrado morto


Jovem que confessou ter matado a vítima participou da simulação.

Paulo Alvadia/ Agência O DIa / 16.05.2011

Após cindo horas, terminou na tarde deste sábado (21) a reconstituição no motel em Niterói, região metropolitana do Rio, onde o corpo do empresário Gabriel Rodrigues, de 33 anos, foi encontrado no dia 14 de maio. A estudante Verônica Verone de Paiva, de 18 anos, que está presa e confessou ter enforcado a vítima com um cinto, participou da simulação acompanhada do advogado Rodolfo Thompson.
Peritos acompanharam toda a ação e o local foi completamente isolado, impedido a aproximação da imprensa e de curiosos.  O carro da vítima, um Mitsubishi L200 branco, identificado nas imagens do circuito interno, também foi usado na reconstituição na suíte 143 do estabelecimento.
Impedida pelos policiais de assistir a reconstituição, Rosemary Barrosa, irmã de Fábio, ficou indignada.
- Caso a polícia afirme que ela conseguiu carregar, vai ficar difícil acreditar já que nenhum parente teve autorização para assistir. Como uma menina miúda como ela ia conseguiria arrastar 90 quilos? Provavelmente, teve a ajuda de mais alguém. Ela matou meu irmão por ciúme. Uma semana antes, ela viu meu irmão passar de carro com outra menina e percebeu que ele não seria mais dela. Na verdade, eles nunca tiveram um relacionamento. Ela sempre teve outros homens em Itaipuaçu.
Para estar presente na simulação, Verônica que está presa no Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio, passou a noite na Delegacia de Icaraí (77ª DP).
Polícia quer entender detalhes do caso
A polícia pretende esclarecer, entre outras coisas, se Verônica teria como arrastar o corpo de Fábio sozinha e se a narração dos fatos indicados por ela em depoimento condizem com a descrição durante a reprodução simulada do crime.
A delegada Juliana Rattes, titular da 77ª DP, espera que a estudante colabore com o trabalho da polícia durante a reconstituição.
Apesar de a estudante ter admitido usar um cinto para enforcar o empresário na madrugada do último sábado (14), não foram encontradas marcas de estrangulamento no pescoço de Fábio. O exame cadavérico pode informar se há sinais internos no pescoço da vítima.
Verônica alegou ter agido em legítima defesa após uma tentativa de estupro. No entanto, o advogado da estudante afirmou que Fábio jamais agrediu a jovem e que ela entendeu dessa forma um simples toque por parte dele por ter sofrido abuso sexual quando tinha apenas sete anos.
A polícia já ouviu amigos e parentes de Fábio, assim como Verônica e seus familiares, além de pessoas que estiveram com o casal pouco antes do crime. Os relatos apresentaram contradições que a polícia pretende esclarecer por meio de laudos técnicos, como o cadavérico, de local e toxicológico, que vão apontar as substâncias ingeridas por Fábio e até se o empresário foi envenenado.
A prisão temporária de Verônica, que terminaria na última sexta-feira (20), foi prorrogada por mais 25 dias. Com isso, a estudante deve permanecer no complexo penitenciário de Gericinó até a conclusão do inquérito, o que deve acontecer dentro de 30 dias.

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