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sábado, 27 de novembro de 2010
Rio: Sobe o número de mortos na região metropolitana durante confronto
Números do Complexo do Alemão ainda não foram divulgados
A assessoria de imprensa da Polícia Militar confirmou que 34 pessoas foram mortas durante os confrontos na região metropolitana esta semana no Rio de Janeiro. Durante as operações, quase 200 pessoas foram detidas e 59 armas foram apreendidas, assim como sete granadas e duas bombas caseiras. Esse é o balanço das ocorrências até as 15h desta sexta-feira (26).
Nesses seis dias de confronto, 197 pessoas fora, detidas ou presas (123 detidas e 74 presas) nesses seis dias de confronto. A polícia militar encontrou 45 armas de pequeno porte, 11 fuzis, duas espingardas, uma submetralhadora.
Segundo a assessoria de imprensa da PM, os dados sobre apreensão, prisão e morte no Complexo do Alemão ainda não foram consolidados.
Guerra no Rio
Em resposta à implantação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), a onda de violência no Rio começou no fim da noite de sábado (20), com ataque na rodovia Rio-Magé (BR-116), na altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Desde então, os moradores do Rio de Janeiro não tiveram mais paz.
O terror continuou no domingo e se intensificou nos dias seguintes. Na quarta-feira (24), os bandidos passaram o dia espalhando medo pela cidade. Veículos foram queimados e cabines da polícia metralhadas.
O governo do Estado já avisou que, apesar do clima de terror instaurado, não dará um passo atrás. De acordo com o governador Sérgio Cabral, trata-se de uma reação desesperada dos criminosos.
Desde esta quinta-feira (25), a Polícia Militar tem concentrado a operação na Vila Cruzeiro, na Penha, zona norte da cidade. A ação é liderada pelo Bope (Batalhão de Operações Especiais) com o apoio das Forças Armadas. Na tarde de quinta-feira vários bandidos fugiram da Vila Cruzeiro em direção ao Complexo do Alemão. A polícia acredita que 500 criminosos estão escondidos no complexo.
Na sexta (26), 800 militares foram dar apoio nas operações. Blindados, helicópteros e também foram cedidos. As ações da polícia foram ampliadas para o complexo do Alemão e favela do Juramento, para onde os criminosos teriam fugido.
Diversos veículos foram queimados.O comércio fechou cedo. Muitas empresas liberaram os funcionários antes do horário. Os colégios não funcionaram.
A Secretaria Estadual de Saúde informou que reforçou o atendimento na emergência do hospital Getúlio Vargas, na Penha. Médicos foram deslocados para a unidade para atender os feridos da operação na Vila Cruzeiro.